A história da rainha faraó Hatshepsut
Hatshepsut foi uma rainha faraó considerada um dos governantes mais importantes do Antigo Egito.
A rainha faraó Hatshepsut foi uma das governantes mais importantes do Antigo Egito, considerada a primeira mulher faraó a reinar como homem com toda a autoridade do cargo. Embora outras mulheres tenham reinado antes dela, como Merneith, Hatshepsut se destacou como uma rainha do Egito de grande influência, comparável até mesmo à famosa Cleópatra. Saiba mais sobre esta figura tão importante para a história da antiga civilização egípcia!
Quem foi Hatshepsut?
Hatshepsut nasceu por volta de 1508 a.C. Ela foi a única filha da rainha Ahmose, esposa principal de Tutmés I. Após o falecimento do rei, quando Hatshepsut tinha apenas 12 anos, ela casou-se com o meio-irmão Tutemés II, filho do seu pai com uma das esposas secundárias. O faraó Tutemés II continuou a tradição de casamentos dentro da família real para manter a linhagem pura.
No Antigo Egito, a linhagem da família real era algo de extrema importância, é por isso que era tão comum o casamento entre irmãos a fim de manter o sangue da família puro. Por outro lado, os problemas de saúde por casamentos consanguíneos eram bem altos.
De Regente à Faraó
Ela co-governou o Egito como rainha ao lado de seu esposo, Tutemés II. Como Hatshepsut teve apenas uma filha, Neferuré, e o herdeiro ao trono de Tutemés II era um bebê, filho do rei com uma concubina chamada Ísis, era impossível para Tutmés III assumir o trono, afinal, era apenas um bebê.
Então, a rainha Hatshepsut atuou como regente e exercia esse papel até que reivindicou para si o papel de faraó, com a ajuda e apoio dos seus aliados do governo. Durante este período, a princesa Neferuré foi educada para possivelmente suceder sua mãe no futuro, recebendo uma formação digna de uma futura governante.
A rainha foi o quinto faraó da décima oitava dinastia do Egito, assumindo o trono em 1478 a.C. Sua ascensão ao poder foi notável, pois exigia que ela utilizasse sua linhagem sanguínea, educação e compreensão da religião. Neferuré, sua filha, continuou a desempenhar um papel importante na corte, sendo preparada para possíveis responsabilidades futuras como herdeira de Hatshepsut.
Em muitas representações da rainha, é possível ver um corpo masculino e o uso de barba falsa, como não havia nenhuma imagem para retratar uma rainha faraó, esta representação era uma forma de afirmar-se enquanto autoridade
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Planejar minha viagemLegado da rainha Hatshepsut
Hatshepsut foi a mulher faraó que reinou no Egito por mais tempo, estando no trono por longos 22 anos. Além disso, é considerada um dos faraós de maior sucesso do Egito. Enquanto governante da décima oitava dinastia, atuou de forma pacífica, construindo templos e santuários, resultando num crescimento próspero do Egito.
Ao contrário dos outros governantes da XVIII dinastia do Egito, Hatshepsut, quando assumiu o poder, ansiava em garantir o crescimento econômico do Egito e da Núbia, ao invés de conquistar mais terras. Ela expandiu o comércio até a região do Sinai, buscando recursos valiosos para o reino.
Em seu reinado, ela construiu o templo Djeser-djeseru, conhecido como o templo de Hatshepsut, dedicado ao deus Amon e ao deus Osíris. Este local serviu como seu templo funerário em Deir el Bahari. Além disso, Hatshepsut foi responsável pela construção de dois obeliscos no Templo de Amon dentro do Grande Complexo dos Templos de Karnak, em Luxor.
A rainha fez ainda uma grande expedição comercial para a terra de Punt, e a sua frota retornou com mirra, ouro, marfim, artigos de luxo, pedras semipreciosas e madeiras preciosas. Esta expedição foi um marco importante para o comércio e a economia do Egito antigo.
Morte de Hatshepsut
A rainha veio a óbito no início de fevereiro de 1458 a.C. Há muitas especulações no meio científico sobre a causa da morte de Hatshepsut. Inclusive, há uma teoria que a causa mortis poderia estar relacionada com um creme para pele que era usado pela rainha frequentemente a fim de aliviar sintomas de uma doença crônica pré-existente. O teste nos artefatos encontrados no seu templo indicou que havia uma substância tóxica e cancerígena.
Após a morte da rainha faraó, o seu enteado Tutmés III, junto com seu filho Amenófis II, realizou uma tentativa de apagamento da memória de Hatshepsut. Eles apagaram inscrições e tentaram erradicar sua lembrança dos lugares que ela construiu durante o seu reinado, numa clara tentativa de deixá-la apagada da história. Este esforço também afetou as representações de Neferuré, filha de Hatshepsut, que havia sido preparada para um possível papel de liderança.
Descoberta da múmia de Hatshepsut
Em 1902, Howard Carter (o mesmo que descobriu a Tumba de Tutankhamon no Vale dos Reis) fez uma expedição na qual encontrou o sarcófago da rainha totalmente vazio. No outro túmulo encontrado (KV60), haviam dois caixões, o da ama de leite da rainha e o segundo era de uma mulher desconhecida.
Posteriormente, em 2006, uma equipe liderada pelo egípcio Dr. Zahi Hawass foi em busca de revelar a identidade da múmia desconhecida. O que determinou a confirmação foi um dente molar encontrado com o nome de Hatshepsut, e ao colocar o dente na mandíbula, o encaixe foi perfeito.
Uma tomografia computadorizada da múmia da rainha revelou que ela morreu aos 50 anos de idade, com câncer nos ossos e, além disso, tinha diabetes e artrite. A múmia da rainha e os estudos feitos a partir da história do seu reinado somam uma das maiores descobertas sobre o Egito Antigo no século XIX, lançando luz sobre o papel crucial de Hatshepsut na décima oitava dinastia e seu impacto duradouro na história egípcia.
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